ATENÇÃO: Contém SPOILER sobre o último episódio de Coven.
Ontem foi ao ar nos Estados Unidos o último episódio da terceira temporada de “American Horror Story”, chamada de “Coven”, e finalmente tivemos a Supreme coroada. Para a surpresa dos fãs, Cordelia (Sarah Paulson) ganhou a coroa, seguindo os passos de sua mãe, Fiona (Jessica Lange).
O site americana Entertainment Weekly conversou com Ryan Murphy, criador da série, sobre o desenrolar de Coven e seus planos para as futuras temporadas de AHS.
Você sempre soube que cordelia seria a Supreme?
“Sim. Eu acho que essa sempre foi a trajetória do personagem. Toda essa temporada foi sobre mães e filhas, segundas chances, fases da vida e acreditando em si mesmo quando mais ninguém acredita. E se você olhar para trás, ela sempre foi assim. Mesmo no primeiro episódio quando dizem ‘Você é a Supreme?’ com tanta humildade e tristeza. Então você voltar a série e ver a história de Cordelia que tanto gostamos de fazer”.
“Sim. Eu acho que essa sempre foi a trajetória do personagem. Toda essa temporada foi sobre mães e filhas, segundas chances, fases da vida e acreditando em si mesmo quando mais ninguém acredita. E se você olhar para trás, ela sempre foi assim. Mesmo no primeiro episódio quando dizem ‘Você é a Supreme?’ com tanta humildade e tristeza. Então você voltar a série e ver a história de Cordelia que tanto gostamos de fazer”.
A Sara sempre soube que ela seria a Supreme?
“Não, nós nunca contamos a eles essas coisas”.
“Não, nós nunca contamos a eles essas coisas”.
Quando ela descobriu?
“Eu contei pra ela alguns episódios atrás, apenas pra ela saber o que estava para vir”.
A cena em que Cordelia está fazendo a entrevista para a TV me lembra muito da cena da entrevista de Lana na season finale de Asylum, “Madness Ends”. Isso foi uma homenagem?
Talvez sim. Eu sempre amei que agora todas as garotas de todo o mundo podem ser um pouco mais livres e bem mais fora do armário. Foi uma metáfora para tantas coisas. Mas eu consigo ver a similaridade nisso.
Eu adoro a miséria de cada pessoa. Agora, o que foi divertido criar?
“Com certeza a parte mais divertida foi a da Madison. Existiram vários tipos de histórias divertidas. Foi tudo sobre não ser visto, não ser escutado. Eu acho que a história divertida de se criar foi a de “Misty Day”, porque eu sempre achei que dissecar sapos é uma coisa medonha para uma criança fazer. E também sempre foi um pouco triste. A história dela é sobre todas as coisas vivas e sobre ter que as assistir morrer sempre e sempre. É algo bem perturbador”.
Foi um final bem sombrio para ela
“Foi trágico. Foi bem triste. Mas eu acho que isso é algo que a série faz. Sempre tem alguns finais felizes, mas eu acho que o de Fiona foi o mais hediondo de todos e também o mais deslumbrante, mas ela sabia que isso ia acontecer”.
Você sempre teve aquele final em mente para Fiona?
“Eu não acho que aquilo foi algo tão ruim para ela. Eu acho que o inferno dela – e talvez esse meu pensamento seja porque eu sou um pai de primeira viagem e penso dessa forma -, mas eu acho que o real inferno para ela seria acordar um dia e ver que ela conseguiu estragar a própria filha. Durante toda a temporada ela esteve socializando e curtindo e viajando e fazendo sexo. E bem no final, mais precisamente em sua linda cena de morte, ela reconheceu a tragédia de seus erros em sua vida”.
Eu sei que Sarah e Jessica amam trabalhar juntas. Elas gostaram de filmar o final da série juntas?
“Sim, elas amam trabalhar juntas. Elas são ótimas amigas. Eu não acho que a Jessica gostou muito de todas aquelas horas na sala de maquiagem. Mas ela levou na esportiva. Eu sei que ela amou a escrita das cenas e ela também amou sobre o que foi escrito. Ela é uma mãe e ela ama cenas emocionantes.”
“Sim, elas amam trabalhar juntas. Elas são ótimas amigas. Eu não acho que a Jessica gostou muito de todas aquelas horas na sala de maquiagem. Mas ela levou na esportiva. Eu sei que ela amou a escrita das cenas e ela também amou sobre o que foi escrito. Ela é uma mãe e ela ama cenas emocionantes.”
Quanto tempo levou para fazer a maquiagem da Jessica?
“Horas e horas. Primeiro, você tem que começar criando o esqueleto e depois criar o cabelo saindo dele. Não é bem fácil. Mas ela é durona, a Jessica. Jessica é uma das belezas do mundo mas ela sempre gostou de se esconder atrás dos personagens. Ela gosta disso. Vejam a trabalho dela em ‘Grey Gardens’.”
Um dos meus momentos favoritos foi Queenie dançando sob o controle de mente de Cordelia
Sim, foi uma cena bem engraçada. Tem umas coisas bem engraçadas nesse episódio
As últimas palavras de Myrtle foram “Balenciaga”?
“Sim! ‘Suas últimas palavras?’ ‘Apenas uma: balenciaga!’.”
A cena de abertura com Stevie foi ótima. Foi sua ideia?
“Bom, ela levou a ideia para mim quando estávamos escrevendo sobre as Sete Maravilhas e ela disse ‘Ei, você se lembra que eu fiz essa música?’ e assim que ela falou isso, eu lembrei da música. Então eu pedi que ela ficasse por mais um dia e fizesse uma abertura fria, porque eu achei que fosse ser engraçado. Então, adicionamos aquilo ao script. Eu acho que é realmente muito bom e inteligente e fofo e uma ótima homenagem para ela.”
Então, meu cute para a temporada 4 é que será em Paris baseado na época em que Fiona esteve lá. Cheguei perto?
“Não. Não poderia estar mais longe.”
Você pode dizer algo definitivo sobre quem está voltando para a próxima temporada?
“Eu não quero falar porque nem se quer começamos os contratos e eu literalmente comecei a ver isso nessa segunda. Eu estarei me encontrando com algumas pessoas e os escritores ainda não começaram seu trabalho.”
Vocês sempre quiseram que a história de Delphine/Marie se desenvolvesse por completo antes do final para poderem focar nas Sete Maravilhas?
“Sim. Era isso que pretendíamos. Eu amei ter a Kathy e a Angela na série e nós até tentamos fazer uma cena com elas no inferno no último episódio, mas ia ficar fora de ritmo. Eu contei pra Kathy sobre isso e ela falou ‘Se é assim que eu saio, então é um baita jeito de sair, eu estou totalmente dentro’. Então quando ela disse isso eu me senti melhor sobre o plano. Eu só achei que era muito forte.”
Você imagine Madison como uma boneca no sótão do Spalding?
“Sim, ela será uma boneca para sempre.”
Eu gosto da ideia de Kyle como o ‘novo Spalding’
“Eu particularmente adorei essa ideia de Frankenstein, eu amo como ele mata o seu criador. É quase a mesma coisa que Fiona quer que Cordelia faça. Eu estava um pouco preocupado sobre Evan tendo que estrangular a Emma, porque eles são realmente muito apaixonados e estão namorando [na vida real], mas eles realmente fizeram e curtiram.”
Deve ter sido muito estranho matar a própria noiva durante o trabalho
“Eu acho que eles levaram isso para um lado mais respeitável, pelo ponto de vista dos personagens. Eu gosto daquele final bem ‘Frankenstein’. Na primeira e segunda temporada, Evan morreu no final e nessa temporada, ele meio que vive de uma forma imortal e eu gosto dessa mudança.”
Essa temporada provavelmente foi a com um final menos sem vida. Você pensa em retornar para o Miss Robichaux?
“Não, nunca. Eu nunca retornaria para algo que já criei. Eu escuto muitas pessoas que – por causa do Netflix, por exemplo -, estão assistindo a primeira temporada só agora. TV é bem diferente e a forma como as pessoas assistem TV é diferente agora. Eu sei que estão tristes. E eu também estou triste por ter que dizer adeus para esses personagens. Mas quando chegar o próximo ano, é algo novo e excitante cheio de pessoas e histórias novas e eu acho que essa é a energia e poder da série. Então não, eu nunca voltaria atrás. Sabe, eu até levei em consideração, porque eu amo escrever sobre essas mulheres, pensei em criar algo separado. Mas ai eu pensei ‘Isso não é o estilo da série’. Não é assim que eu criei a série.”
Você acha que a nova temporada vai ser mais sombria?
“Hmmmmm. Eu não sei o que dizer. Eu acho que é uma combinação. É uma combinação de dois períodos diferentes, com o principal sendo no ano de 1950. Eu não sei. Não começamos a escrever ainda, então eu realmente não sei qual vai ser o tom. Eu gostei muito de termos tanta comédia nesse ano e eu gosto de personagens cômicos. Então eu acho que isso vai continuar.”
Voltando atrás, agora que acabou, o que você achou de Coven?
“Eu sinto que é o meu preferido. Mas eu digo isso em toda temporada, porque eu sinto muita tristeza em ter que dizer adeus. Eu achei que foi muito divertido trabalhar em Coven e foi muito desafiante. Eu tenho as próximas duas temporadas planejadas e eu gosto muito de ambas. Eu estou admirado que a série cresceu tanto, porque quando criamos essa temporada todo mundo achou que teríamos números baixos por ser algo tão específico. O fato de conseguirmos os melhores números da série com essa temporada é algo muito interessante e prova que você nunca consegue prever o que as pessoas vão gostar. Eu fiquei surpreso e em choque. Estou muito orgulhoso. Eu amei todos os atores, todos os vestimentos e a produção de design desse ano foi incrível. Eu achei que todo o departamento da série fez um trabalho incrível. Próximo ano será tão desafiante quanto esse, porque será tão bizarro e louco e gótico. Minha intuição é que, se você amou essa temporada, você vai amar a próxima. Tem o mesmo tom de comédia.”
As pessoas parecem querer muito um “American Horror Story: Circus”.
“Sim, eu vi esses posteres. Eu não sei de onde as pessoas tiraram essa ideia. As vezes eu acho que as pessoas querem esses tópicos e ai inventam os posteres. Ninguém adivinhou o que será ainda.”
Mas você já sabe sobre o que a temporada 5 será?
“Sim, eu sei. É uma ideia tão radical e diferente de tudo que já fizemos e vai dar muito trabalho.”
(via:ahsbrasil.com)
(via:ahsbrasil.com)
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