A 4ª temporada de The Walking Dead está de volta! Estive esperando um bom tempo por isto, e não me desapontei nem um pouco com este episódio. Imagino que muitas pessoas tenham tido problemas com este episódio, pois sim, ele foi lento, eu admito, mas não cansativo. Um retorno de temporada bem escrito e com um belo desenvolvimento dos personagens presentes. A princípio, falarei do Carl (Chandler Riggs), que merece crédito por sua atuação.
Carl teve um roteiro muito bem trabalhado, e logo no início do episódio ele age com um rancor de cunho infantil e uma síndrome de independência, e também não deixa dúvidas sobre a sua negação ao Pai. Ele tentou a todo custo provar ao seu pai que sabia sobreviver sozinho, porém quando precisou enfrentar o luto criado por sua mente, não pareceu ser tão simples assim. O personagem chega ao auge de sua tortura interna deixando claro o desespero e o medo por qual se camufla, criando um jogo como fuga aos seus pensamentos (“Eu venci!”). Bem, não sei exatamente se venceu, mas todas as vezes que tentou, quase morreu também e até perdeu um sapato na história, além de levar uma trombada de uma porta.
Antes de Rick “apagar”, o menino agiu de forma desorientada, e outra burrice que cometeu foi andar em marcha ré, sarcasticamente, afastando os zumbis e atraindo mais para ele. Quando o mesmo cai meio aos zumbis, finalmente é possível notar o transtorno emotivo que ele estava sentindo, e continua agindo com teimosia, chegando ao topo de sua atitude impulsiva em certos momentos. Vemos que desperdiçar balas é permitido no mundo de sobrevivência do Carl, assim como usar abajur feito arma contra zumbis também.
Desculpe-me os fãs, mas a grande verdade sobre o Carl é que ele sabe sobreviver, mas somente com uma arma em sua mão, e sua estrutura física ainda não permite atitudes com mais força, e ao notar essas limitações, e logo percebe que precisa usar a inteligência também.
O rapaz enfrenta uma confusão entre sentimentos de perda, independência, e intolerância. Em uma das melhores cenas do episódio, e muito bem trabalhada, ele finalmente vomita todos os seus pensamentos em cima do pai desacordado. Realmente, não tenho palavras para descrever tal emoção nesta cena, pois Carl está certo, e ao mesmo tempo errado. Ele se sustenta e sobrevive à custa de sua raiva, porém quando vê o Pai (dessa vez, muito detonado ao ponto de parecer um zumbi perfeitamente) no estado em que se encontra, ele simplesmente não consegue mais se conter e cede. Creio que esse foi o momento mais marcante do episódio, reconhecendo seu medo e incapacidade diante da aparente morte do pai. “Eu não consigo, faça logo” diz Carl.
Foi impressionante o terror psicológico que este rapaz/adulto passou, e no fim, ele poderia ter dito “Eu venci”. Reconhecendo seu medo, junto ao seu Pai, ele termina o episódio com chave de ouro. Um Desempenho maravilhoso do ator! Só não posso concordar que a visita que lhe aguarda na porta, é tão boa como parece.
E vocês? O que acharam do Carl e sua relação com o pai? E sobre todas as atitudes que ele resolve tomar?
(via:thewalkingdead.com.br)
Registe-se aqui com seu e-mail