“Você já teve alguém que faria qualquer coisa por você?” Norman.
O episódio mais esperado da Season 2 finalmente chegou. O impacto que a revelação de “Caleb” traria na família Bates, principalmente em Dylan, era o que todos nós aguardávamos. Porém qualquer expectativa que você teve desse episódio foi superada. Não nos foi dado respostas, nos foi dado nada mais que o início de algo épico, o início da brilhante e intrigante mitologia de “Psicose”.É perceptível o quanto Dylan é um elo solto. “Por que eu fico sempre do lado de fora dessa família?”. Com o último episódio podemos entender mais do por que dessa exclusão. Trabalhar a amargura de descobrir que você é fruto de um ato de violência foi o ponto alto do personagem, enfrentar esse tipo de situação é uma das circunstâncias mais difíceis que um ser humano pode passar. A cena da briga de Norma e seu filho foi tocante, sufocante, sofremos com os personagens, a carga emotiva e dramática da cena foi excepcional. Ao mesmo tempo em que imaginávamos o quanto Dylan estava perdido, sem rumo e sem esperança alguma, sentimos o mais puro desespero de uma mãe, que mesmo imperfeita, não quer o ódio e desprezo do filho.
Obviamente não são os únicos envolvidos nessa história. Caleb ainda está na cidade, a cena do confronto pai e filho ocorreu, ainda que um pouco vaga e superficial. Com isso foi possível enxergar que Dylan culpa mais Norma que Caleb. Principalmente porque ela sempre esteve ali, ela escolheu ter um filho naquelas condições, ela é conhecida, ela é a mãe, a mãe que não se importa muito com ele, mas continua com o cargo. E por amar ela, sofre por esse segredo. “Por que você me teve Norma? Por quê?”. Afinal – para Dylan – Caleb é apenas um desconhecido.
Esse foi sem dúvidas um dos episódios mais dramáticos e – em minha humilde opinião – sem dúvidas o melhor da temporada. Porém tivemos momentos mais leves, como a fofura de Emma e do cupcake boy. Como não shippar? O legal é ver alguém que não está aproveitando os últimos momentos de vida dela, à la “Um amor para recordar”. Cupcake trata Emma como uma garota comum, porém especial, e não especial por ela ter uma doença grave e sim por ser alguém forte, bonita, doce e cativante. A personagem traz humanidade a Bates Motel. É impossível de não ficar alegre com esse clichê de paixão adolescente: se esconder do paquera, não se lembrar do que fez da noite passada e ficar com cara de boba depois de um “Se nós tivéssemos dormido juntos você saberia”.
Confesso que quando os flashbacks de Norma começaram a ocorrer foi totalmente impressionante. E quando veio o “You raped me”. UAU! Arrepiante, lindo, mito. O relance da faca, a bipolaridade Norma/Norman, foi tudo esquematicamente chocante. Psicose foi honrada. Não há dúvidas. Mais um clássico acaba de nascer.
Observações:
- Por motivos de: a review já está bem extensa, vou comentar sobre plots menores como o de Norma/George, Norma/Caleb e o de Romero nas próximas reviews ou até mesmo nos comentários.
- Não é o fim do mundo. É apenas Katy Perry em Bates Motel. (?)
- E a dica da semana é: Meninas, não troquem de roupa com a porta entreaberta. Vai que… né?
Confira a promo e fotos do próximo episódio 2x05 "The Escape Artist"
(Review by manicomioseries.com.br)
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