Bates Motel: Review 2x01, “Gone But Not Forgotten”.

O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) ou distúrbio obsessivo-compulsivo (DOC) é um transtorno de ansiedade caracterizado por pensamentos obsessivos e compulsivos no qual o indivíduo tem comportamentos considerados estranhos para a sociedade ou para a própria pessoa.” Wikipédia

Todos os personagens da série demonstraram seus transtornos nessa première, aliás, tudo se resumiu a OBSESSÃO. Ninguém próximo à família Bates (principalmente a própria) é normal, cada pessoa foi humanizada da forma mais destrutiva possível, revelando o pior do ser humano. Acredito que Bates Motel vai bem mais além de dramatizar a construção de um serial killer, a série realmente mostra a vida crua, como já dizia Norminha, somos rodeados de assassinos com machados e prostitutas.

Porém nem tudo são sombras! É verão bebê. Foi cativante ver Mrs. Bates (inicialmente) alegre, otimista, o motel lindo, florido, lotado. Parecia uma cena dos Teletubbies, tudo iluminado. Todavia, alegria de psicopata dura pouco e logo após a conclusão dos plots de Sherby e Jake voltamos ao arco da construção da nova rodovia. Daí em diante, matamos a saudade da boa e enxuta Norma, com seus gritos histéricos e sambas. Apesar da forma “obsessiva” de tratar e proteger seu filho a protagonista tem uma índole admirável, luta por seus objetivos e transmite segurança em suas ações, faz o que faz por motivos maiores, não por ser neurótica. O pensamento de que os meios justificam os fins é bem Norma Bates.

A relação de mãe e filho está afiadíssima. Foi divertido e leve observar as lições de direção de Norma e seu “GO GO GO GO!”, ao mesmo tempo em que o clima está levemente ameno é notável (agora mais do que nunca) que Norma está dando mais atenção a personalidade do filho, indagando sobre a professora, o que ele fazia, o motivo da morbidez, ela sempre percebeu isso em Norman (afinal ele matou o pai) porém nunca houve um confronto direto, procurando explicar e entender a excentricidade do garoto. Eu particularmente prefiro assim, o ato de cuidar do filho, não de forma obsessiva, porém tentando torna-lo alguém normal (dentro dos conceitos de “normal” dessa família), ao ver que a mãe se preocupava, realmente se importava, Norman sobrecarregado de uma aparente culpa confessa os últimos acontecimentos.
Aliás, Freddie Highmore estava impecável nessa première. A psicose do seu personagem a cada episódio se torna mais perturbadora, o confronto do que é ou não realidade, de não se lembrar das atrocidades cometidas e ainda assim  ter um subconsciente que sofre, chora, se culpa, se preocupa e é inocente. Genial! A complexidade de Norman Bates está sendo construída impecavelmente.

O plot da morte de Blaire está eletrizante. Impressionante a forma como Gill/Jerry/Watson ficaram amarrados ao contexto da série, há dezenas de incógnitas e muito a ser trabalhado nesse arco, que tem tudo para ser melhor do que os da temporada passada. Já que começamos de forma excepcional: Bradley que desde o início do episódio deu indícios que teria mais participação da trama nos surpreendeu e mostrou como matar um homem em um momento de felicidade. A garota é neurótica, sabe que tem as “ferramentas” e usará delas para que alguém conserte suas loucuras. Ou Bradley e Norman vão formar um casal perturbado ou a aproximação só servirá para criar falsas expectativas no protagonista (sou a adepta a segunda teoria, que se ocorrer, resultará em uma morte certa).

Observações:
1- Emma meio que “sobrou” na história agora, esperamos algum plot bem legal para ela se envolver na história novamente, nos resta aguardar.

2- É perceptível o quanto Dylan amadureceu, agora preocupado com a família, estreitando seus laços com Norma e Norman.

3- Como a pessoa vai para uma ponte se matar e desvia do caminhão? A intenção de Bradley não foi suicídio, não mesmo.

4- Façam suas apostas, quem é o visitante no túmulo de Watson?

5- Foi lindo ver Norman praticando taxidermia, confessando seus crimes para sua mãe. 

Cada detalhe retratado no filme está sendo bem desenvolvido. Não é possível compreender ou prever a psicose do protagonista, porém é gratificante acompanhar a formação de um clássico. Alguém mais achou aquela cena do Norman indo mostrar as fotos na delegacia extremamente semelhante com a do “futuro Norman” de Psicose? Já é possível ver o crescimento exponencial da sua loucura e neurose.

6-  Que nome lindo para o episódio. Criamos tanto remorso, somos muito orgulhosos. É tocante e mórbido ao mesmo tempo, escolha perfeita.


E você? Quais as questões que acredita que serão esclarecidas/mostradas nessa season? Gostaram da première? Em uma escala de 10 a 10 qual o tamanho da saudade que estava? Seu comentário sempre será bem vindo, não deixe de participar.
(via:manicomioseries.com.br)
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