Game of Thrones (S04E06): The Laws of Gods and Men e o julgamento

A prova de que menos é mais. O sexto episódio dessa temporada de Game of Thrones foi o melhor até aqui, apesar de ter apostado na pura simplicidade de um pequeno bom ator: Peter Dinklage, o Tyrion Lannister.

Quando vamos entrando no mundo de uma série grandiosa como Game of Thrones e outras do gênero, começamos a querer mais dos efeitos especiais, mais do cenário e mais da história. Esquecemos aquilo que faz uma história perder o status de boa e ganhar o de memorável: pessoas. Ora, personagens fazem livros medíocres se tornarem grandes, atores fazem personagens se tornarem inesquecíveis e, mais, são esses quem determinam o que você deve sentir na cena.

Peter Dinklage colocou essa temporada de Game of Thrones em um outro nível, apenas sendo verdadeiro com o que seu personagem deveria sentir. A cena do julgamento não tem quase produção alguma, é apenas uma sala, com vários figurantes e diálogos. Que diálogos! Tyrion volta a ser O Tyrion e, felizmente, em uma das cenas mais importantes para definir o que está por vir do Meio-Homem. Jaime realmente volta à sua persona que estava sendo criada nas outras temporadas e, após os erros de percurso tendo sido corrigidos, o personagem se mostra nos eixos, ao ponto de sacrificar seu natural egoísmo pelo brother. Belas cenas, belos diálogos, belo encaminhamento para o próximo episódio e fim da temporada.

Lá do outro lado, tivemos a Dany com ares de Rainha. My queen, pra lá, my queen, pra cá… quem se importa? Um dragão sobrevoou um pasto de ovelhas e queimou tudo, meus amigos. Se de lado a HBO mostrou simplicidade ao apostar todas as fichas na atuação de uma pessoa apenas, aqui nada de simplicidade. Plano aberto e plano fechado para a cena do dragão. Só não saio desse núcleo, pois Stannis tava alí por perto. Explico…

Assim como Davos sugeriu, Stannis Baratheon, o homem que mais se proclama rei pelos quatro cantos, foi fazer empréstimo ao Banco de Ferro de Bravos. Vimos o titã na entrada, vimos toda a riqueza do pessoal de lá, entretanto, mais importante, vimos pelo menos um conselho de Davos dar certo. Mediante muito esforço do mesmo, claro. Agora Stannis passa de ter vontade, para, de fato, ter força. E força nos Sete Reinos é definida por quem tem grana e nada mais.

Poderia terminar comentando a péssima cena do resgate de Theon Greyjoy. Deixa pra lá, vamos ficar com as coisas boas. Afinal, derrotar 5 ou 6 homens e correr por conta de um cachorro não faz sentido algum. Com essa cena, GoT mostra que aprendeu muito bem com os animes a fazer um filler. Perda de tempo.

Esse episódio foi dirigido por Alik Sakharov, um dos melhores diretores de episódio de Game of Thrones e muito me anima que o mesmo dirigirá o próximo episódio, quase que uma parte dois do que foi apresentado no sexto. Muito bom. Só me assusta que todos os seguintes episódios foram roteirizados pela dupla David Benioff & D. B. Weiss. Esses produtores costumam viajar demais. De olho neles, George R.R. Martin
Fonte:cinemacomrapadura
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