Foi amor à primeira vista.
A comédia da MTV conseguiu, ao longo da curta temporada de 8 episódios, se reinventar a sua maneira. O que parecia ser apenas uma história boba sobre duas adolescentes que resolvem fingir serem um casal conseguiu tratar de temas mais profundos e densos, e sem perder a leveza. E se as tramas paralelas ainda precisam se desenvolver para fazer com que a série seja muito bacana como um todo, Amy e Karma – e seus dramas, encontros e desencontros – tornam tudo delicioso de acompanhar.
Já no piloto nós descobrimos o quanto Karma Ashcroft quer ser reconhecida em seu pequeno núcleo social. E se o plano dela de fingir uma cegueira repentina não deu certo, a oportunidade de ouro se apresentou quando Liam – por quem se apaixonou à primeira vista – supõe que ela e Amy são um casal. Uma saída do armário forçada – e falsa – ocorre, e a partir daí começa o fingimento.
E Karma, alheia aos sentimentos da outra metade do casal, passa a temporada inteira – ou quase isso – apenas fingindo, enquanto esforça-se para conquistar o coração de Liam. E se as decisões equivocadas da garota fazem com que uma certa birra nasça em relação à ela, é preciso lembrar que ela desconhece os sentimentos de Amy, a quem ama profunda e sinceramente.
Se a insistência dela em falar do Liam o tempo todo, em um contexto normal de melhores amigas, já poderia ser considerada chata e um pouco egoísta, ao percebermos a dor que isso causa para Amy não conseguimos deixar de classificar a atitude de Karma como muito egoísta e bastante injusta. Contudo, no final da temporada, também é inevitável não sentir pena de Karma e da situação que ela vivencia: além de descobrir que o amor de Amy por ela não é bem igual ao seu (e não saber como lidar com a situação), ela é dispensada por Liam (com quem perdeu a virgindade), que descobre toda a história do fingimento. Será preciso muito colo de mãe para a situação ser contornada.
Do outro lado do esquema do fingimento está a personagem mais amada da série: Amy Raudenfeld. E é ela quem mais sofre com tudo que acontece na temporada. Depois do beijo que trocou com Karma, Amy descobriu que pode ter sentimentos românticos pela melhor amiga. E é muito bonita a jornada dela na primeira temporada. Se em um primeiro momento ela tenta negar a natureza dos seus sentimentos, com a ajuda de Shane ela passa a aceitar melhor sua sexualidade e seus sentimentos por Karma. A história de Amy é, além de bonita, importante, já que pode ajudar tantas pessoas que passam pela mesma situação e encontram problemas em lidar com ela. Um grande acerto da MTV.
Só que a proximidade com Shane, um gay bem resolvido e disposto a ser seu “padrinho”, não diminui seus problemas. Pelo contrário, os aumenta, já que é Shane quem coloca na cabeça da loira que o amor romântico pode ser recíproco. Só que não é…
… ou é? Depois do episódio do sexo à três eu tive dúvidas em relação aos sentimentos de Karma. Cheguei a pensar que ela também curte Amy, mas não quer admitir isso. Só que depois que ela passou a se relacionar escondido com o Liam eu descartei a hipótese. Agora, depois da season finale, eu realmente não sei o que pensar. Apesar da negativa de Karma, acho que ela pode, sim, acabar descobrindo que é apaixonada por Amy.
E Karma, alheia aos sentimentos da outra metade do casal, passa a temporada inteira – ou quase isso – apenas fingindo, enquanto esforça-se para conquistar o coração de Liam. E se as decisões equivocadas da garota fazem com que uma certa birra nasça em relação à ela, é preciso lembrar que ela desconhece os sentimentos de Amy, a quem ama profunda e sinceramente.
Se a insistência dela em falar do Liam o tempo todo, em um contexto normal de melhores amigas, já poderia ser considerada chata e um pouco egoísta, ao percebermos a dor que isso causa para Amy não conseguimos deixar de classificar a atitude de Karma como muito egoísta e bastante injusta. Contudo, no final da temporada, também é inevitável não sentir pena de Karma e da situação que ela vivencia: além de descobrir que o amor de Amy por ela não é bem igual ao seu (e não saber como lidar com a situação), ela é dispensada por Liam (com quem perdeu a virgindade), que descobre toda a história do fingimento. Será preciso muito colo de mãe para a situação ser contornada.
Do outro lado do esquema do fingimento está a personagem mais amada da série: Amy Raudenfeld. E é ela quem mais sofre com tudo que acontece na temporada. Depois do beijo que trocou com Karma, Amy descobriu que pode ter sentimentos românticos pela melhor amiga. E é muito bonita a jornada dela na primeira temporada. Se em um primeiro momento ela tenta negar a natureza dos seus sentimentos, com a ajuda de Shane ela passa a aceitar melhor sua sexualidade e seus sentimentos por Karma. A história de Amy é, além de bonita, importante, já que pode ajudar tantas pessoas que passam pela mesma situação e encontram problemas em lidar com ela. Um grande acerto da MTV.
Só que a proximidade com Shane, um gay bem resolvido e disposto a ser seu “padrinho”, não diminui seus problemas. Pelo contrário, os aumenta, já que é Shane quem coloca na cabeça da loira que o amor romântico pode ser recíproco. Só que não é…
… ou é? Depois do episódio do sexo à três eu tive dúvidas em relação aos sentimentos de Karma. Cheguei a pensar que ela também curte Amy, mas não quer admitir isso. Só que depois que ela passou a se relacionar escondido com o Liam eu descartei a hipótese. Agora, depois da season finale, eu realmente não sei o que pensar. Apesar da negativa de Karma, acho que ela pode, sim, acabar descobrindo que é apaixonada por Amy.
Por fim, preciso dizer que a série tem vários elementos que a tornam amável: as falas de Amy, sempre sarcásticas e adoráveis; as referências da série à outras séries, filmes e à cultura pop; os planos e as ideias sempre tão mirabolantes e furados de Karma; a trilha sonora bacaninha; o elenco bonito, carismático e super divertido; o humor fácil e ágil; a naturalidade com que as questões da diversidade sexual são tratadas; a importância do tema por trás da série; os personagens de apoio legais – embora ainda não bem desenvolvidos; e muito, mas muiiiiiito potencial para crescer. Todos esses elementos, juntos, fazem com que os vinte e poucos minutos de episódio passem voando. E fizeram com que eu esperasse a renovação da série como há muito tempo não esperava por algo. Por que quando nos apaixonamos por uma série adolescente, a nossa idade passa a não ser referência para mais nada.
Resumindo: Faking It é a típica comédia leve mas com conteúdo, boba mas relevante, adolescente mas apaixonante. E em uma época de mais do mesmo, o seriado consegue NÃO ser farinha do mesmo saco. E esse elemento, sozinho, já deveria fazer com que a série garantisse vida longa e próspera.
Fonte: teleseries
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