Por que você já deveria ter começado a ver Orphan Black

Com o frio chegando, não há nada melhor do que passar o fim de semana inteiro debaixo das cobertas vendo TV. Orphan Black terminou sua segunda temporada e então, para você que ainda não tenha assistido, segue alguns motivos para você cancelar todos os seus compromissos do fim de semana e se afundar em uma maratona dessa série incrível.

1. Tatiana Maslany
A não ser que você viva em uma caverna sem contato com o mundo, você já sabe que Orphan Black é uma série que tem como tema principal a clonagem humana, e eu prometo que esse vai ser o único “spoiler” que você vai ler nesse texto (e nem pode ser considerado spoiler porque né, você descobre isso no piloto). Tatiana interpreta com maestria diversas personagens muito singulares, com sotaques diferentes e manias e trejeitos bem distintos – e só a curiosidade de ver como ela se sai já deveria fazer com que todos tivessem vontade de assistir à série.


2. Quebra de Esteriótipos
Sabe aquela série que representa homossexuais de maneira caricata e esteriotipada? Pois bem, Orphan Black não tem nada disso e vai além, fazendo com que ser gay não seja o foco central desses personagens. Eles simplesmente são e não existe em momento algum um questionamento sobre isso; os outros personagens aceitam a orientação sexual de cada um e não se metem no assunto! A série não só mostra o personagem masculino que é gay e assumido e não passa por uma crise de identidade em relação a isso, mas também a relação entre duas mulheres sem tornar isso um fetiche. Todos deveriam aprender com Orphan Black.


3. Bechdel Test
Você sabe o que é o Bechdel Test? Para passar nele, a obra precisa mostrar no mínimo duas personagens femininas falando sobre outros assuntos que não sejam homens. Parece simples, mas você ficaria chocado com a quantidade de obras que não passa por esses requisitos. Orphan Black, em compensação, passa no Bechdel Test com folga. As personagens sempre conversam sobre outros assuntos que não homens, e a relação com eles não é algo que defina sua personalidade e os rumos que elas tomam na trama. Aliás, a série ainda falha no Bechdel Test reverso: são raros os momentos em que personagens masculinos aparecem falando sobre outras coisas que não mulheres e, ainda assim, eles não podem ser considerados personagens superficiais, tendo seu papel muito claro como coadjuvantes no desenvolvimento da história, como ja foi dito aqui.


4. Indivualidade
A série usa a clonagem para trazer um assunto muito mais importante à tona: a individualidade. Ok, elas são clones, mas isso não faz com que elas sejam iguais. Elas têm a sua própria história, e muito delas foi definido pelo meio em que viveram e pelas relações que mantiveram ao longo de suas vidas. Cada uma tem suas próprias ambições e motivações e, apesar de muitas vezes se passarem uma pela outra, elas nunca poderiam de fato assumir uma vida que não suas próprias. Seja por uma cicatriz atrás do pescoço ou pela reação que se tem quando apresentada a alguma situação, uma hora ou outra elas são descobertas. Em determinado momento, Sarah fala que só existe uma dela e é isso que Orphan Black tenta mostrar ao espectador: que elas têm autonomia sobre o próprio corpo e que são seres únicos que não podem ser substituídos por alguém igual a elas.


Uma série que trata sobre esses assuntos e que sabe o que está falando merece substituir a balada do fim de semana, certo?
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